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Veja os casos de estupro registrados na região de Irecê, segundo a SSP

Um homem conhece uma mulher pela internet e, após algum tempo, se muda para a casa dela em Itamaraju, Extremo-Sul do estado.
Lá, passa a morar com a mulher e suas duas filhas, de 15 e 8 anos. Seis meses depois, o padrasto é flagrado pela adolescente estuprando a irmã mais nova. A vizinha, ao ouvir o relato da adolescente, chama a polícia, que chega a tempo de prender o agressor em flagrante.
Cenas assim, ou parecidas com essa, se repetiram 517 vezes no ano passado nos 70 municípios do Sul e Extremo-Sul. As duas microrregiões sustentam os dois primeiros lugares num ranking nada animador: as áreas com maiores taxas de estupro da Bahia. Enquanto no Extremo-Sul ocorreram 27,1 casos para grupo de 100 mil habitantes, no Sul essa taxa foi de 21,8 em 2015.
As duas taxas superam em pelo menos três pontos a de Salvador, de 18,1, onde 531 estupros foram registrados de janeiro a dezembro do ano passado. Nas duas regiões, quem lidera a taxa de estupros é a pequena Pau Brasil, com 10 mil habitantes. Foram sete casos em 2015, ou seja, 64,1 de taxa.
Os dados dos crimes foram divulgados pela Secretaria da Segurança Pública (SSP) e mostram que, a cada 100 mil habitantes do Sul e Extremo-Sul, juntos, 24 foram violentadas em 2015. Os 517 casos estão distribuídos nas 70 delegacias territoriais ou nas especializadas de atendimento à mulher. Embora nenhuma delas supere em números absolutos a capital, 30 municípios têm taxa de estupro maior do que a de Salvador.
Números
Os crimes de violência sexual fazem parte da realidade de quase todos os 417 municípios baianos. No ano passado, apenas 98 deles (23,5%) não tiveram nenhum caso levado às delegacias. Já entre os que registraram as maiores taxas, três estão no Sul e Extremo-Sul: Pau Brasil, em 4º lugar, com 64,19; Itanhém, em 7º, com 48,52; e Porto Seguro, em 9º, com 46,07.
Região de Irecê e Jacobina ( estrupros em 2015 ).