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‘PornoGospel’: espetáculo em cartaz em Curitiba provoca indignação de evangélicos

O espetáculo teatral “PornoGospel”, que está em cartaz no Teatro Guaíra, em Curitiba, causou revolta
entre evangélicos na cidade. De acordo com informações do Paraná Portal, após ameaçar, integrantes do grupo de teatro chegaram a registrar um boletim de ocorrência na polícia e reforçar a segurança do elenco durante as apresentações. A indignação dos religiosos se dá porque a comédia, baseada em fatos reais noticiados pela imprensa, faz fortes críticas ao comportamento de pastores, tanto na exploração da fé, quanto na política, além de já no título aludir aos produtos eróticos exclusivos para evangélicos. Para o pastor Tiago Ferro, fundador do Fórum Evangélico Nacional de Ação Social e Política, no Paraná, e diretor do Conselho de Ministros Evangélicos do Estado, o espetáculo “é extremamente ofensivo” e “passou da liberdade de expressão para a libertinagem de expressão”. “Estão tentando, de alguma maneira, através do humor, atingir algumas pessoas e na sinopse da peça nos estudando vimos ali a identificação de políticos no meio cristão, evangélico ou católico, eu não sei. Nós achamos que é inapropriada pra esse momento, o termo gospel ele associado com pornografia. Ele não condiz com aquilo que nós acreditamos, achamos que é irresponsável, generaliza. De certa maneira, o humor ele não precisa ter credibilidade diminuindo uma pessoa ou um segmento. E ai a gente precisa separar, existe em qualquer segmento pessoas que tem qualificação, boa índole, e pessoas que não têm”, argumenta o pastor. Já a direção da peça afirmou que o termo “PornoGospel” já existia antes da estreia, que aconteceu há oito meses. O nome é uma referência a produtos que já estão no mercado erótico e que foram apresentados na Erotika Fair, em São Paulo, no ano passado. A diretora do espetáculo, Mariana Zanette, destaca que os temas principais são “política” e o “mau uso da fé das pessoas” e que a montagem cita alguns exemplos desta exploração. O pastor admitiu não ter visto o espetáculo, mas disse que pretende assistir à peça para avaliar uma eventual ação judicial. Já o grupo de teatro pretende processar pessoas que tenham difamado a montagem.