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SÃO GABRIEL: COM BASE EM FRAUDE, COLIGAÇÃO PEDE CASSAÇÃO DE REGISTRO DE GEA ROCHA

Grupo da prefeita ludibriou e ofereceu vantagem financeira a trabalhadora, que, mesmo sem saber, acabou registrada como candidata.

A coligação “Pra Mudar São Gabriel” protocolou, uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral contra a candidata Gean Ângela Rocha e toda coligação “O Trabalho Continua”, da cidade de São Gabriel. Com base numa fraude – que já foi denunciada ao Ministério Público Estadual (MP-BA), mais especificamente à 6ª Promotoria de Justiça, de Irecê – a coligação “Pra Mudar São Gabriel” pede a inelegibilidade dos investigados pelos próximos oito anos e a cassação dos registros de Gea Rocha, que disputa a reeleição; bem como de todos os candidatos da coligação “O Trabalho Continua”, em razão da “prática de conduta ilícita e fraudulenta”.
A Ação de Investigação tem como base o depoimento prestado de forma espontânea pela trabalhadora rural Vanusa Pereira de Amorim – natural de Jussara, mas que vota em São Gabriel – que procurou o MP-BA para denunciar que havia sido cooptada por uma pessoa conhecida como RONATO ROGER, que se dizia assessor de Gea Rocha, para participar de um grupo de mulheres para “fortalecer a candidatura” da atual prefeita. Sem saber ao certo do que se tratava, Vanusa Amorim entregou documentos pessoais a outro membro da organização sem, contudo, ser informada de que os documentos seriam utilizados para registro de candidatura a vereadora de São Gabriel pelo PSB, partido da coligação “O Trabalho Continua”.
Segundo o mesmo depoimento, os emissários de Gea Rocha, mesmo sem deixar claro do que se tratava, ofereceram a Vanussa Amorim como vantagem a quantia de R$ 300 que seriam entregues semanalmente tanto a ela, quanto a outras mulheres (como se descobriu mais tarde), que seriam usadas de forma criminosa como “laranjas” para preencher a cota feminina da coligação. Um vídeo gravado no momento do aliciamento foi incluído nos autos do processo.
Justiça Eleitoral ferida de morte
Ainda segundo depoimento prestado à 6ª Promotoria de Justiça (Irecê), Vanusa Amorim alega que “não sabe informar o nome do partido pelo qual ia concorrer as eleições municipais” e que apenas recebeu o comunicado para “comparecer à Prefeitura de São Gabriel” para fazer a abertura de conta corrente vinculada à candidatura. A fraude foi tão grotesca que também consta como prova nos autos que o PSB, partido que apoia Gea Rocha, tentou registrar Vanusa e outro candidato com o mesmo número: 40123, como consta no material gráfico publicado, ao qual a reportagem teve acesso.
A Ação de Investigação Judicial segue sob apreciação da Justiça Eleitoral, que deve notificar os investigados e acionar o Ministério Público o mais rápido possível, a fim de impedir que haja prejuízo aos eleitores de São Gabriel e que a Justiça Eleitoral seja ferida de morte.


Fonte: Daniel pinto