Facebook

Blocos do carnaval em Salvador vivem crise causada pela retirada das cordas

Com a festa já acontecendo em Salvador, o que se percebe é uma queda vertiginosa nas vendas dos abadás e a diminuição
dos tradicionais blocos nas ruas. Para superar o problema, governo e prefeitura buscaram patrocínio privado. Segundo o governador, Rui Costa (PT), as atrações sem cordas foram viabilizadas por meio de articulações com empresas privadas. "São pouco mais de R$ 4 milhões que o Estado recebeu para o pagamento de artistas "

Dos grandes e tradicionais blocos, o primeiro a anunciar que não sairia este ano foi o Cheiro de Amor. "Após décadas saindo nas ruas de Salvador, este ano, os blocos Cheiro e Yes se reservarão a um ano de descanso, motivado pela grave crise financeira que vivemos e as consequências dela. Colocar um bloco na rua se tornou um grande desafio, que a nossa estrutura não está confortável em encarar", afirmou o empresário Windson Silva.

E até atrações bastante marcantes e responsáveis por esgotar blocos, como Claudia Leitte e Ivete Sangalo, se adequaram na folia 2017. O Cerveja e Cia, de Ivete, que sempre saiu três dias, este ano se limitou ao sábado. Ela reduziu, também, a programação do bloco Coruja. Já Claudia Leitte esteve só ontem no Bloco Largadinho - e repete a dose nesta terça de carnaval. O Olodum só sairá dois dias, enquanto o Nana Banana e o Araketu resolveram ficar fora do circuito.


Alguns hotéis que sempre nos anos anteriores estavam lotados neste período, não vivem a mesma realidade, enquanto alguns tiveram que fazer ´promoções para vender estadias, outros nem mesmo assim conseguiram obter o mesmo resultado.

Apoio do Estado

O governador Rui Costa nega que investimentos em trios sem corda tenham envolvido recursos deslocados de áreas prioritárias, como Saúde, Segurança e Educação. “Os artistas que têm um cachê maior em função da sua fama e do seu prestígio são bancados pelo setor privado, mas a convite do Governo do Estado, que faz a articulação. Assim fazem os blocos privados, atraem empresas para bancarem grandes atrações”.