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Acre é o estado com a maior taxa de mães adolescentes, diz Abrinq

Acre é o estado com a maior concentração de crianças nascidas de mães
com menos de 19 anos de idade, apresentando uma taxa média de 27% de mães adolescentes. Os dados fazem parte do relatório "A Criança e o Adolescente nos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS)" divulgado pela Fundação Abrinq na terça-feira (25). Para chegar até o percentual, a Abrinq analisou os indicadores nascidos vivos entre mães menores de 19 anos em relação ao número total de nascimentos ocorridos no ano de 2015. 
O gerente da Divisão de Saúde da Criança e do Adolescente, Antônio Neto, disse que não teve acesso ao relatório. Ele informou ainda que a Saúde também usa dados do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc), mesmo sistema usado pela Abrinq, e que os resultados de alguns indicadores de 2015 a 2016, divulgados em março deste ano, mostram uma redução de 11% nos casos de gravidez na adolescência no Acre.
“Pode ser que eles tenham usado dados de 2014 a 2015 que é o ano fechado, mas ainda não tive acesso a essa fonte de pesquisa. No estado colocamos em prática um projeto piloto chamado “Se Liga Aí” para trabalhar com jovens multiplicadores passando informações. Nos modelos anteriores o Acre não conseguia reduzir nem 2% de gravidez há dez anos e no Sinasc reduzimos 11%, mas esses dados ainda não estão fechados, são preliminares”, explica.
Entre os cinco estados com o pior desempenho, o Acre aparece em primeiro lugar com 4.569 nascimentos de mães adolescente no total de 16.940 nascimentos durante todo o ano de 2015.
O estado é seguido pelo Pará (26,5%), Amazônas (26,4%), Alagoas (26,3%) e Maranhão (25,6%). Conforme a Abrinq, em toda a região Norte dos mais de 310 mil nascimentos em 2015, 81 mil foram de mães até 19 anos.