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Decreto municipal de Irecê vira polemica sobre situação financeira da gestão

Diante do decreto de corte de pagamento, decreto municipal  565/ 2017, de 1 de setembro
de 2017 da prefeitura municipal de Irecê. A reação por boa parte da população foi de inevitável e natural desconfiança quanto a capacidade de honrar compromissos pela máquina pública a seus fornecedores ao menos em prazo estabelecido entre as partes.  A população foi pega de surpresa quanto a atual situação financeira da gestão municipal, principalmente diante da demonstração de um São João de 2017, considerado pomposo com a crise financeira vivenciada desde o inicio do ano e cachês considerados altíssimos para realidade financeira da cidade e que foram pagos a alguns artistas que se apresentaram.
Pelos bastidores do poder, já pode ser avistado o argumento de débitos junto ao INSS de gestões anteriores e que sempre são renegociados através dos anos. Porém, o questionamento feito até mesmo para este possível argumento é: “ sabido destes débitos existentes, ainda assim era concebível a realização da festa junina com considerável ostentação, bem como o aumento da folha com a nomeação de cargos como por exemplo  subsecretários para cada pasta?”.
A realidade de momento é que junto a crise econômica do país, vive-se a enorme dependência de uma boa ou excelente gestão municipal para amenizar as consequências negativas que podem afetar a cidade e aos seus cidadãos. A habilidade administrativa municipal de previsibilidade e consciência dos limites financeiros, são os únicos instrumentos para uma eficiente manutenção dos serviços essenciais a população bem como vislumbrar a realização de projetos e ações benéficas a sociedade. Assim com a divulgação deste decreto cai a confiança no mercado da prestação de serviços e fornecedores de produtos por parte de  empresas, já que a pouco tempo atrás a cidade de Irecê possuía enorme credibilidade no cumprimento de contratos assinados bem como era assediada tamanho o crédito construído no mercado comercial.

As informações até o fechamento desta matéria é que a gestão municipal irá se pronunciar nos meios de rádio e portais na internet relatando a atual situação financeira do município e justificativas para o decreto assinado.  
Procuramos a assessoria de comunicação para obter uma resposta diante da repercussão popular sobre a medida e obtivemos a seguinte resposta: 

" ...... Empenho é reserva orçamentária. Quando se faz um contrato, se reserva a expectativa de utilização do mesmo através do empenho. Por exemplo: uma empresa ganha uma licitação de fornecimento de papel, no valor de 12.000 (1.000 por mês). É realizado o empenho do valor proporcional do ano (o empenho é anual) relativo ao contrato. Por conta da dificuldade financeira, o empenho do valor restante do ano (set, out, nov e dez), nesse exemplo 4.000, é cancelado e passa a ser feito no momento do fornecimento do papel. Se em setembro utilizar 500 reais, empenha-se esse valor é o mesmo acontecerá para as compras dos próximos meses.
Não quer dizer que não haverá mais compra de papel, nem que o papel já comprado não será pago e muito menos que o contrato será cancelado."