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INTERNET: NEUTRALIDADE DA REDE É AMEAÇADA NO BRASIL APÓS MUDANÇA DE REGRAS NOS EUA

A decisão do FCC é acompanhada atentamente no Brasil. Há o temor de que, com o possível
fim da neutralidade da rede por lá, operadoras e provedores do país começariam a pressionar mais o Planalto visando adotar o mesmo por aqui.
A neutralidade da rede é o princípio que deixa a internet livre e sem barreiras, com tudo sendo tratado de forma igualitária. Em suma, ele impede que empresas aumentem ou diminuam a velocidade da internet para seus usuários e não permite a restrição do acesso de um usuário a determinado site, aplicativo ou serviço online. Neste aspecto, a neutralidade da rede impossibilita que provedores adotem o modelo de TV por assinatura dentro de seu serviço de internet.
No país, a neutralidade da rede é protegida pelo artigo nono do Marco Civil da Internet. Mas mesmo por aqui já houve polêmicas. Um exemplo foi quando algumas operadoras de telefonia passaram a colocar “WhatsApp ilimitado” dentro dos pacotes a fim de atrair consumidores. Isso, por si só, é uma diferenciação de conteúdo online – apps como Viber e Telegram são prejudicados.
Em nota, Sinditelebrasil, sindicato que reúne as maiores operadoras de telecomunicações do país, ressaltou que é a favor da neutralidade da rede, mas que ela deve ser aplicada de forma “inteligente”. Além disso, alegou que as operadoras defendem que não haja discriminação de conteúdos nem empresas, mas que elas possam gerenciar a rede do ponto de vista “técnico” para que os dados trafeguem da melhor forma possível.
Fonte: Tecnodia