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Milhares de pessoas lotam Praia de Copacabana na Parada Gay

Copacabana foi tomada pelas cores do arco-íris neste domingo, dia da 23ª parada do
Orgulho LGBTI. Com o tema "Vote em ideias, não em pessoas", o evento busca conscientizar sobre a importância das eleições. A organização estima que 800 mil pessoas já estejam no evento; a previsão é que o público chegue a 1,5 milhão, superando o número de 1,2 milhões de presentes no ano passado.
— Este ano fizemos a parada antes das eleições, justamente para falar sobre isso. Ressaltar a importância do voto de acordo com causas que apoiam o respeito a todos e a diversidade. Estamos vivendo uma época de atraso intelectual, em pleno 2018 — destacou o presidente do Grupo Arco-Íris, Almir França.
Toni Reis, presidente da Aliança Nacional LGBTI, acrescentou que o evento busca resgatar a dignidade de uma comunidade de pessoas que procuram mostrar que têm uma história significante:
— Independentemente de quem ganhar essas eleições, precisamos ter diálogo com todos. Nós não queremos destruir famílias, queremos respeito.
Mais de dez trios elétricos embalam o público, comandado por nomes como as funkeiras Lexa, Luísa Sonza, MC Pocahontas e a cantora Simone Mazzer.
— Essa comunidade não é representada no dia a dia, e os artistas tem essa função. É uma luta por igualdade - destacou Simone.
MC Pocahontas contou que, antes de cantar, já frequentava as paradas gay:
— Sempre admirei muito a luta LGBTI, e eles estão presentes na minha vida e na minha carreira. Então, essa luta é minha, eu defendo o respeito e a igualdade para que eles possam amar livremente.
Vice-presidente do Grupo Diversidade Niterói (GDN), Eula Rochard, que usa um look de mais de R$ 5 mil, elogiou a presença de heterossexuais no evento:
— Não é todo mundo que está aderindo a esse fascismo no Brasil. Gay também tem pai, avó. Se a família vier junto, melhor. É preciso dar apoio.
Num desfile, a frente dos carros de som, gays e trans também performam, com coreografia e estampando as cores do orgulho. Bem de perto, Wilma Helena Tavares Alves, de 61 anos, acompanha animada o movimento:
— É a primeira vez que eu venho à Parada Gay, estou achando ótima, pacífica e bem animada. Eles têm que correr atrás dos direitos deles, da igualdade! Eles são muito discriminados, o preconceito rola solto e é uma festa para mostrar que todos são iguais! — afirmou.