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Saúde assina acordo para redução de 144 mil toneladas de açúcar de alimentos processados


O Ministério da Saúde assinará um acordo nesta segunda-feira (26), com a indústria
alimentícia nacional, para redução da quantidade de açúcar presente em alimentos processados. Estão incluídos nessa classificação produtos como iogurtes, achocolatados, sucos artificiais, refrigerantes e biscoitos.

Segundo a colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, será determinado um prazo de cinco anos para reduzir 144 mil toneladas de açúcar dos alimentos. O acordo está em desenvolvimento desde abril deste ano, quando o ministro da Saúde, Gilberto Occhi, assumiu a pasta.

O modelo é similar ao firmado com a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia) para diminuir o teor de sódio dos produtos. Neste caso, está prevista redução de cerca de 28,5 mil toneladas até 2020.
O ministro da Saúde, Ricardo Barros, assinou nesta terça-feira (13) um novo acordo com a Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (Abia) com o objetivo de melhorar o perfil nutricional dos alimentos industrializados. O brasileiro ingere cerca de 12 gramas de sódio por dia, mais que o dobro do máximo sugerido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é de 5 gramas. De acordo com o Ministério da Saúde, a meta é retirar, voluntariamente, 28,5 toneladas de sódio da alimentação. 
A parceria tem duração de cinco anos (2017-2022). "Existe, hoje, a necessidade de ajustar os hábitos alimentares dos brasileiros para prevenir a obesidade e doenças como diabetes e hipertensão. Também é fundamental incentivar a atividade física para o brasileiro ter uma vida mais saudável. Esse acordo é uma das medidas que ajuda nesse desafio", afirmou Barros. 

A primeira categoria a reduzir sódio em sua composição no novo acordo envolve pães, bisnaguinhas e massas instantâneas, com metas para 2017, 2018 e, no caso dos pães, até 2020. Em 2011, quatro fatias de pão por dia representavam 40% da quantidade de sódio diária (796 mg). Após o acordo, esse índice, em 2016, passou a ser 22% (450 mg). Em 2020, a expectativa é chegar a 20% (400 mg). Além da redução do sódio, o Ministério e a Abia avançam na discussão para redução de açúcar nos alimentos industrializados. A previsão é de lançar no segundo semestre o Plano de Redução de Açúcar em Alimentos Industrializados, que terá formato parecido com o de sódio e vai envolver alimentos como produtos lácteos, bebidas adoçadas, biscoitos, bolos e achocolatados.