A alta dos medicamentos para 2019 será de 4,33% em
média, conforme informação da
Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos
(CMED), o aumento passará a ter validade a partir do mês de abril.
É importante entender que o aumento não se dá por
um índice fixo, mas variando por produto. Sendo que a taxa dos produtos com
maior concorrência tem um índice menor de reajuste, e, para os mais inovadores
o aumento é maior.
“Esse aumento já era esperado e passará a ser
sentido nos próximos meses pelos clientes, sendo que as lojas ainda possuem
estoques pré-aumento. A dica que dou é que se pesquise preços, pois mesmo com
os valores tendo um teto fixado, podem ser obtidos bons descontos”, explica
Edison Tamascia, presidente da Febrafar.
Importância do preço para o consumidor
A importância do preço na hora da aquisição de
produtos pelos consumidores foi um dos pontos abordados pela Pesquisa de
Comportamento do Cliente na Farmácia 2019 realizada pelo Instituto Febrafar de
Pesquisa e Educação Continuada (IFEPEC) em parceria com o NEIT – Núcleo de
Economia Industrial e da Tecnologia, do Instituto de Economia da Unicamp, que
entrevistou 4 mil clientes em todo país.
Segundo os resultados, ao serem questionados sobre
quais os critérios de escolha de uma farmácia, ficou bem claro que os clientes
priorizam o bolso e a comodidade. Dos entrevistados: 64,95% afirmaram acreditar
que as farmácias onde efetuaram suas compras praticam preços mais baixos que os
concorrentes e 24,50% apontaram a localização como fator importante para a
escolha.
Além desses fatores, foram considerados também: o
estoque (6,25%), a facilidade de estacionar (1,58%), possuir atendimento da
Farmácia Popular (1,35%) e o bom atendimento (0,88%).
“Por meio desse questionamento observamos que o
impacto do aumento será sentido nas finanças dos brasileiros, mas eles não
deixarão de consumir esses produtos, que são de necessidade básica”, analisa
Tamascia.
Falta de pesquisa
Esse entendimento se dá por outro dado da pesquisa
que aponta que a maioria da população não pesquisou preço antes da compra,
conforme aponta a pesquisa. 88,43% dos entrevistados afirmaram que não
pesquisaram preços antes da compra efetuada, 8,70% afirmaram que não
pesquisaram preços naquele dia específico, mas que costumam pesquisar, e 2,88%
afirmaram que pesquisaram.
“Embora os clientes apontem o preço baixo como
principal fator da escolha da farmácia, a pesquisa demonstrou que os mesmos não
fazem comparação de preços a cada compra e que comparações realizadas no
passado e a percepção é o que o leva o cliente a concluir que uma loja pratica
preços competitivos”, aponta Tamascia.