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Bolsonaro e mais uma de suas declarações questionáveis.


Como É possível? Não me refiro ao presidente mais sim as pessoas que mesmo
reconhecendo uma infeliz declaração do presidente, comportam-se como extremistas sem o mínimo de auto crítica, assim como fizeram os petistas “ e que tanto condenamos por este tipo de atitude”.
Nosso presidente precisa evitar falar em publico sem um preparo, sem que haja uma orientação previamente elaborada. Com o visível e nítido objetivo de atingir o presidente da OAB, buscou o mais baixo ataque atingindo-o ao falar do pai do presidente da OAB.
Aos defensores convictos “ que são capazes de sobrepor até as LEIS DIVINAS” para justificar todo e qualquer ato do presidente em suas atitudes e palavras, logo ouvimos ou lemos que o cidadão o qual foi referido era “ um bandido, um terrorista, um assassino e sabe Deus mais oque”. Porém até mesmo estas acusações passam pelo crivo da avaliação investigativa, e não por opiniões ideológicas de quem defendia ações de uma ditadura militar nem muito menos de quem defendia ações contra a ditadura. Afinal tanto uma como a outra, são opiniões carregadas de diversos viés, corrompendo as vezes o teor de suas defesas.
Mas, tratemos aqui mais uma vez de uma atitude inequívoca da falta de preparo do presidente ao responder questionamentos ou de fazer declarações na impulsividade do momento contra aqueles que o questiona ou critica suas ações. Não dar para aceitar argumentações de que o presidente sofre de “SICERICIDIO” colocando o termo como adjetivo positivo, assim o Ciro Gomes e tantos outros passam a serem vistos com os louros da positividade para um comportamento inadequado sem mencionar outros adjetivos derivados para tal comportamento.
Por mais que precisamos torcer para o país dar certo, não será justificando atitudes iguais de esquerdas ou de petistas, para desconfigurar o fato. Não dar para negar a realidade que Bolsonaro muitas vezes se comporta sem ter a dimensão do cargo que ocupa, que as opiniões pessoais não podem ser superior a opiniões de milhares de brasileiros num país com o estado democrático de direito a ser respeitado.
1964, ditadura militar e ações daquela época são revividas, citadas. Relembradas, valorizadas, impostas a todo momento pelo presidente como referencia para justificar suas atitudes alimentando um ódio e segregação a todos que discordam de suas opiniões.
Não tenho nada contra o Senhor Jair Bolsonaro, torço pelo Presidente Jair Bolsonaro, e exerço o livre direito a liberdade de expressão entre outros direitos que se encontram na Constituição brasileira para apoiar ou criticar suas ações e declarações como figura publica, no maior cargo publico do país e eleito com a confiança e esperança da maioria dos brasileiros.
Precisamos ter a humildade de reconhecer nossos erros, para avançar no progresso deste país, precisamos ajudar o governo não repetindo velhos erros, e na boa intenção de ajudar podemos está contribuindo para um triste desfecho, no ilusório pensamento que estamos certos ao acreditarmos que tudo não passa de uma luta do bem contra o mal e que o mal são sempre aqueles que discordam da nossa opinião.
Recentemente um cidadão teve a mesma baixeza de tentar atingir um amigo, naquilo que ele mais ama e amou na sua vida, simplesmente por não concordar com a opinião do colega, um indivíduo chegou ao subsolo do pré sal da dignidade humana para atingir este amigo no seu âmago. 
Até hoje ao me lembrar, brota do fundo do meu ser o sentimento de indignação e revolta para tal atitude, não consigo me refutar a emitir o mesmo sentimento quando me deparo com uma atitude no minimo " inconsequente e questionável " como esta. 


O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira (29) que "um dia" contará ao presidente da Ordem do Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, como o pai do jurista desapareceu na ditadura militar, caso a informação interesse ao filho.

Segundo Bolsonaro, Santa Cruz "não vai querer saber a verdade" sobre o pai, Fernando Augusto de Santa Cruz Oliveira, que desapareceu no período na ditadura militar (1964-1985).
O presidente deu a declaração ao comentar o desfecho do processo judicial que considerou Adélio Bispo, autor da facada em Bolsonaro durante a campanha eleitoral, inimputável (isento de pena devido a doença mental). Por isso, ele ficará em um manicômio em vez de um presídio.
Antes de falar sobre o pai de Santa Cruz, Bolsonaro criticou a atuação da OAB no caso de Adélio Bispo e perguntou qual era a intenção da entidade. Segundo o presidente, a ordem teria impedido o acesso da Polícia Federal ao telefone de um dos advogados do autor da facada.
“Por que a OAB impediu que a Polícia Federal entrasse no telefone de um dos caríssimos advogados [do Adélio]? Qual a intenção da OAB? Quem é essa OAB?”, questionou o presidente.
Sem ser questionado, Bolsonaro falou na sequência sobre o pai do presidente da OAB.
“Não é minha versão. É que a minha vivência me fez chegar às conclusões naquele momento. O pai dele integrou a Ação Popular, o grupo mais sanguinário e violento da guerrilha lá de Pernambuco, e veio a desaparecer no Rio de Janeiro”, complementou.
Em nota de repúdio às declarações de Bolsonaro, a OAB afirmou que todas as autoridades do país devem "obediência à Constituição Federal", que tem entre seus fundamentos "a dignidade da pessoa humana, na qual se inclui o direito ao respeito da memória dos mortos" (leia a íntegra da nota ao final da reportagem).
Disse ainda que o cargo de presidente exige equilíbrio e respeito aos valores constitucionais, "sendo-lhe vedado atentar contra os direitos humanos". Por último, a diretoria da OAB manifestou solidariedade não só à família do presidente da entidade mas também a "todas as famílias daqueles que foram mortos, torturados ou desaparecidos" no país.
Conforme informou o colunista do G1 Matheus Leitão, o pai do presidente da OAB militou no movimento estudantil e participou da Juventude Universitária Católica (JUC), movimento da Igreja reconhecido pela hierarquia eclesiástica, e depois integrou a Ação Popular (AP), organização de esquerda contrária ao regime.
Fernando desapareceu em um encontro que teria no Rio de Janeiro, em 1974, com um colega militante, Eduardo Collier Filho, da mesma organização. Segundo o livro "Direito à memória e à verdade", produzido pelo governo federal, Fernando e o colega foram presos juntos em Copacabana por agentes do DOI-CODI-RJ em 23 de fevereiro daquele ano.
Sobre a declaração de Bolsonaro, a diretora da Anistia Internacional, Jurema Werneck disse que "é terrível que o filho de um desaparecido pelo regime militar tenha que ouvir do presidente do Brasil, que deveria ser o defensor máximo do respeito e da justiça no país, declarações tão duras".
A nota diz ainda que o Brasil deve adotar as medidas necessárias para que casos como esses sejam levados à Justiça e que o direito à memória, justiça, verdade e reparação das vitimas, sobreviventes e suas famílias deve ser defendido e promovido pelo Estado brasileiro e seus representantes