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Eduardo Bolsonaro se desculpa por declaração polêmica

deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL) usou hoje as redes sociais para comentar a
polêmica entrevista que concedeu à Leda Nagle, onde foi acusado de sugerir um novo AI-5.
"Minha posição é bem confortável e eu não fico nem um pouco constrangido de pedir desculpas para qualquer pessoa que tenha se sentido ofendida ou imaginado o retorno do AI-5", afirmou em video.
"Estão mal interpretando minha citação sobre o AI-5. Estão interpretando de maneira errada o que eu disse. Não há a possibilidade de retorno do AI-5 atualmente", garantiu o deputado.
"Pode até ter sido uma resposta infeliz e se pudesse refazê-la faria sem citar o AI-5 pra não dar essa polêmica toda", afirmou. 
"Vivemos sob a égide da constituição de 1988 e eu fui eleito democraticamente, não há motivo para se imaginar em radicalizar. Igualmente sigo sendo parlamentar, meu trabalho é falar, parlar e é para isto que temos imunidade", finalizou.
Entrevista
A declaração ocorreu em resposta a uma pergunta sobre a participação do Foro de São Paulo nas manifestações chilenas. Eduardo disse que dinheiro do BNDES foi usado por Cuba e Venezuela para financiar movimentos de esquerda na América Latina. 
"Se a esquerda radicalizar a esse ponto, vamos precisar dar uma resposta. E essa resposta pode ser via um novo AI-5, pode ser via uma legislação aprovada via plebiscito, como ocorreu na Itália. Alguma resposta vai ter que ser dada", afirmou.
A resposta de Eduardo veio após seu pai, Jair Bolsonaro, dizer que a responsabilidade pelas declarações eram do seu filho. "Olha, cobre você dele. Ele é independente. Tem 35 anos se eu não me engano. Mas tudo bem. Lamento... Se ele falou isso, que eu não estou sabendo, lamento, lamento muito", afirmou.

O presidente falou o seguinte sobre o assunto : 
O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira, 31, que o filho caçula, deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), é quem deve ser cobrado pela declaração em que cogitou a reedição do Ato Institucional nº 5 em caso de “radicalização” por parte da esquerda. Bolsonaro disse que o AI-5 foi adotado quando “existia outra Constituição” e que quem pensa em instituir o ato novamente “está sonhando”.
“Não existe. AI-5, no passado, existia outra Constituição, não existe mais. Esquece. Vai acabar a entrevista aqui. Cobrem dele. Quem quer que seja que fale em AI-5 está sonhando. Está sonhando. Está sonhando. Não quero nem ver notícia nesse sentido aí”, declarou o presidente na saída do Palácio da Alvorada.
Questionado novamente sobre o assunto, Bolsonaro reiterou que as cobranças devem ser direcionadas a Eduardo. “Olha, cobre você dele. Ele é independente. Tem 35 anos se eu não me engano. Mas tudo bem. Lamento. Se ele falou isso, que eu não estou sabendo, lamento. Lamento muito.”