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Propaganda paga pela Presidência ficou com apresentadores de TV prediletos de Bolsonaro

A campanha publicitária do governo de Jair Bolsonaro para a reforma da Previdência destinou em sua segunda fase R$ 4,3 milhões para merchandising,
como é chamada a propaganda inserida em programas. Desse total, 91% foram para Record, Band e SBT. As duas primeiras emissoras são clientes da empresa do secretário de Comunicação, Fabio Wajngarten; a terceira é ex-cliente.
Não há ilegalidade na contratação de artistas ou jornalistas para fazer merchandising na TV. O Tribunal de Contas da União (TCU), no entanto, investiga se a distribuição de verbas da Secom entre as TVs se dá por critérios políticos, e não técnicos (principalmente o da audiência), o que afrontaria princípios constitucionais, entre eles o da impessoalidade na administração pública.
O TCU investiga suspeitas de favorecimento no rateio da verba de publicidade da Presidência para TVs. Caso isso se confirme, os responsáveis poderão sofrer sanções como multas e ser condenados a ressarcir eventuais prejuízos.