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Mãe luta por justiça após falecimento do filho único que usou kit anti-Covid: ‘O médico mandou tomar’

 


Dione Michels, de 63 anos, mora em Ilhéus, na Bahia. Na casa dela, há lembranças do filho por toda a parte. Joaquim Aires morreu aos 29 anos, em janeiro deste ano, vítima da Covid-19. A doença causada pelo coronavírus destruiu a família. Dione e o marido lutam por justiça.


A família suspeita que ele tenha contraído a doença de um colega de trabalho na Air Jet e move ação contra a empresa que pertence ao grupo da Prevent Senior. Os primeiros sintomas em Joaquim começaram a aparecer no dia 10 de janeiro. O primeiro teste deu negativo, mas três dias depois ele acordou com febre.

O jovem foi a uma unidade da Prevent Senior. Antes mesmo do resultado do teste, tomou o chamado “kit covid”, composto por remédios sem eficácia comprovada contra a doença causada pelo coronavírus. Dione contou à BBC News Brasil que o filho mandou para ela uma foto do kit.

“Eu perguntei se não faria mal e ele falou: ‘mãe, o médico mandou tomar, então deve ajudar em alguma coisa'”. Alvo da CPI da Covid, a empresa assinou um Termo De Ajustamento de Conduta e se comprometeu com o Ministério Público de São Paulo a não distribuir mais o kit.

Dione luta por justiça e contesta a Prevent Senior. A empresa afirmou que o fato de Joaquim ser obeso colaborou para a morte. A mãe diz que o filho não era obeso, mas apenas acima do peso e reclama do atendimento que ele recebeu. Segundo ela, a Prevent foi negligente. Joaquim demorou para ser atendido e teve o pulmão perfurado durante a internação. O MP-SP investiga a empresa.

O caso aconteceu em hospital de São Paulo. Dione e o marido viajaram de Ilhéus para a capital paulista. Na noite do dia 28 de janeiro, a mulher recebeu a notícia que nenhuma mãe quer ouvir: o filho estava morto. Ela estava no apartamento de uma amiga, em São Paulo, e pensou em se jogar do 11º andar. O que a mantém de pé agora é a luta por justiça.

Com informações do site: i7news

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