O Centrão está preocupado com o custo eleitoral do discurso antivacina do presidente Jair Bolsonaro. Segundo o jornal O Globo, o maior temor vem do PL, partido ao qual Bolsonaro se filiou recentemente.
A avaliação de caciques do bloco político é que as falas de tom negacionista do presidente têm afetado a sua popularidade e podem respingar em outros candidatos da sigla ou quem se disponha a enfrentar a disputa eleitoral do ano que vem a seu lado.
Essa preocupação é exposta em meio à declaração de Bolsonaro ontem, quando afirmou que não vai vacinar sua filha Laura, de 11 anos, mesmo após a nota técnica emitida pelo Ministério da Saúde, indicando segurança da vacina em crianças.
O próprio presidente segue afirmando que ainda não se vacinou. Ainda de acordo com O Globo, no início de dezembro, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, disse a um líder do PP que precisava “conversar com calma” com Bolsonaro, porque ele “precisa tomar vacina” contra a Covid-19.
Apesar desse desconforto da cúpula da base aliada do governo, pessoas próximas do presidente reconhecem que ele provavelmente manterá o tom negacionista que agrada à parte mais radical do seu eleitorado.
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