A saudade de
Gustavo Bebiano foi muito sentida nesta campanha a reeleição do presidente
Bolsonaro, Bebiano era a voz da consciência, o freio de arrumação. Gustavo Bebiano
era o homem que chamava o capitão reservadamente e apontava a direção certa,
mesmo contrariando o pensamento mais radical extremista bolsonarista, fato que
causou ciúmes no alto escalão.
Os chamados ideólogos
“professores de Deus e lacradores ”, e mais popularmente conhecidos como puxa
sacos do poder, que a todo momento massageavam o égo do então deputado e
candidato a presidente, os mesmos defensores do pilar ideológico, os mesmos que
se alimentam do discurso de demonização de ideologia de esquerda e todo
pensamento que vem de encontro a este discurso de ancoragem extremista.
Alguns
destes extremistas e ciumentos da relação de Bolsonaro e Bebiano, não se deram
tão bem, pois na defesa de um discurso extrema direitista, acharam que poderiam
mandar no presidente, mais se deram mal, assim como foi o ideólogo e guru Olavo
de Carvalho e Abraham Weintraub, outro que perdeu a linha divisória de ideólogo
colaborador e grilo falante do pinóquio.
Que saudade
fez Bebiano, que em nome da serenidade chegou a sofrer as consequências do seu
compromisso e amizade com o presidente, virando desafeto dos filhos do
presidente. A ideologia provocou a
divisão interna, transformou aliados em inimigos. Muitos pensadores defendem
que a queda de qualquer governo está primeiramente ligada a economia do país e avanço
da pobreza e miséria, porém um dos pilares responsáveis é a implosão do grupo
governante.
Os desentendimentos
internos são muito prejudiciais, e neste governo não foi diferente pela longa
lista de pessoas que foram importantes pela ascensão ao poder e depois jogados
foras, sofreram ataques de destruição de imagem e relegados a própria sorte com
o rótulo de novos inimigos. Que saudade faz o Bebiano que foi importantíssimo na
historia deste país, que contribuiu diretamente ao escrever um marco no desenvolvimento
de um novo rumo político, mais também foi vitima dos ideólogos defensores de
uma autocracia utilizando-se das ferramentas democráticas.
A voz de Gustavo
Bebiano era a voz da serenidade, do dialogo sem a imposição de pensamento ideológico
sobre o direito do outro, o homem que defendia um pensamento com respeito, com democracia,
com argumentações fundamentadas.
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