Nesta terça-feira (28/08), como se fosse um trovão a romper o silêncio da rotina jacobinense, as páginas do Diário Oficial do Poder Legislativo Municipal estamparam uma decisão que fez aquecer os ânimos da população.
A notícia, como a fagulha que desencadeia uma explosão, reporta sobre a inacreditável aprovação para adquirir aparelhos telefônicos de valores estratosféricos destinados aos vereadores. Nada menos que 17 reluzentes celulares da célebre marca da maçã, o icônico APPLE / IPHONE 13 128GB, foram autorizados para compra ao preço unitário de R$ 4.500,00. Tal soma de cifras alcança o montante inescapável de R$ 76.500,00. E, como se não bastasse, outros 10 dispositivos da marca XIAOMI / REDMI NOTE 11 PRO 128GB foram contemplados por essa chuva de recursos, totalizando mais R$ 9.020,00 em um único golpe.
Como uma chama avivada pela brisa, a notícia se espalhou como incêndio pelas redes sociais e ondas radiofônicas. A revolta é quase palpável, tão densa quanto as nuvens que agora pairam sobre o nome de nossa cidade.
E que momento escolheram! Enquanto o Prefeito Tiago Dias (PC do B), em uma entrevista radiofônica, revela a asfixiante situação financeira da Prefeitura, onde a primeira parcela do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) sequer é suficiente para arcar com as despesas de energia dos órgãos públicos, a Câmara Municipal surge como protagonista de uma escolha que beira o inacreditável.
As palavras de um especialista em Direito Administrativo, que pediu para permanecer anônimo por razões que revelam a delicadeza do tema, ecoam como um martelo que molda a consciência coletiva. Ele destaca que a concessão de privilégios em virtude do cargo, longe de ser um ato trivial, representa uma transgressão à ética, à decência funcional e um ultraje aos princípios mais elementares de justiça e equidade. Tais gastos, afirma ele, não só ofendem a moral, mas também traem a ideia fundamental de honestidade.
A notícia da aquisição extravagante dos celulares reverberou pelas ruas de nossa querida Jacobina, tornando-se o assunto da hora, o tema que agitou as conversas de esquina, os murmúrios nos mercados e as reflexões nas praças.
O Jacobina 24 Horas, sempre incansável em trazer a verdade à luz do dia, buscou ouvir os representantes do povo, os vereadores. Contudo, a resposta foi um eco solitário, um testemunho daquilo que parece ser a exceção: apenas um vereador, destemido, expôs sua discordância e revelou ter aconselhado o presidente da Câmara Municipal, Clodoaldo Moreira Dias, a reconsiderar tal medida.
Assim, em meio ao estardalhaço das vozes indignadas, a cidade se agita, não apenas em protesto, mas também como um sinal claro de que a consciência cidadã está mais ativa do que nunca. Um grito ressoa, reverberando através das serras que guardam os segredos de nossa história, clamando por uma gestão pública justa, transparente e acima de tudo, sensível aos anseios daqueles que confiaram nas mãos dos seus líderes o destino de Jacobina.
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