Embora ainda estejamos a alguns dias ou meses das datas-chave do calendário de compras, como o Dia das Crianças, a Black Friday e o Natal, varejistas de diversos segmentos já começaram o processo de contratação de funcionários temporários.
Com a inflação sob controle, o início do ciclo de redução das taxas de juros e algum alívio na taxa de câmbio nos últimos meses, as perspectivas são otimistas para o final do ano. De acordo com projeções da Confederação Nacional do Comércio (CNC), a criação de vagas temporárias deve atingir o seu nível mais alto em uma década.
Segundo Fábio Bentes, economista sênior da CNC, “o Natal, sem dúvida, será melhor do que o do ano passado, e isso se traduzirá em oportunidades de emprego. Tudo indica que superaremos a marca de 110 mil postos temporários abertos, o que é um número significativo. Se observarmos o histórico, o ponto mais alto foi em 2013, com 115 mil vagas criadas. Com juros e inflação mais baixos, certamente teremos o maior contingente de trabalhadores temporários em uma década”.
O setor ainda não possui dados finais para 2022, mas a expectativa na época era de criar 109,4 mil vagas. No entanto, esse foi um ano atípico de reabertura após a pandemia. Durante o auge da crise da Covid-19, muitos empregos no setor de comércio foram perdidos. Na fase de reabertura, além das contratações típicas de temporada, muitas empresas também contrataram temporários para substituir posições efetivas que haviam sido suspensas durante a pandemia.
Caso as projeções para este ano se confirmem, esse resultado representará uma expansão em relação a uma base de comparação já elevada. A CNC prevê um aumento de 4% em relação à projeção de 2022.
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