Sob o governo do Presidente da República Federativa do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), os brasileiros, em geral, levaram para casa 7,8% mais itens a cada ida às compras nos 12 meses terminados em março em comparação com o mesmo período imediatamente anterior. Três categorias se destacam neste avanço: mercearia doce (9,3%), bebidas (9,4%) e bazar e medicamentos de venda livre (9,9%).
De acordo com a pesquisa da Kantar/Worldpanel Division, divulgada pelo jornal O Globo, neste domingo (23/6). O número médio de categorias no carrinho do consumidor brasileiro é de 59 e se mantém estável. Mas na classe DE, houve aumento nos dois últimos anos, passando de 55 para 57. Commodities como feijão e arroz, o básico da refeição do brasileiro, estão abrindo espaço para itens como biscoitos, chocolates, salgadinhos de pacote, refrigerante, cerveja e ração para cães e gatos.
Essas mudanças no consumo acompanham o cenário macroeconômico com inflação reduzida, desemprego no menor patamar em dez anos (7,9% em março) e ganho de renda da população, sobretudo em razão do salário mínimo e do aumento de benefícios assistenciais.
O consumo de refeições fora de casa também aumentou devido a mais pessoas no mercado de trabalho e compras de alimentação se tornam menos frequentes, porém maiores, e privilegiado itens que trazem praticidade, sabor e prazer.
Na classe DE, que em 2023 equivalia a cerca de 50% dos lares do país, mais da metade da renda é garantida por benefícios governamentais, como Benefício de Prestação Continuada (BPC), Bolsa Família, pensões e aposentadorias, diz o economista Lucas Assis, da Tendências. São rendimentos que avançaram nos últimos anos.
O consumo de carne bovina acompanha a tendência, tendo avançado 4,2% em ocasiões de consumo dentro dos lares do país como um todo no semestre terminado em março, na comparação com igual período de um ano antes. E alcança a classe DE.
A escolha da maioria dos lares recai sobre acém e músculo, cortes que oferecem melhor custo/benefício, com preço entre 9% e 12% abaixo da média para carne bovina, segundo a Kantar. Com maior poder de compra, a classe DE faz escolhas na hora de consumir e, esporadicamente, coloca filé mignon e patinho no carrinho, optando por peças de maior valor agregado.
O iogurte, um dos símbolos do ganho de renda da população mais pobre na esteira do Plano Real, está de volta à cesta de compras, e sob efeito do “raio gourmetizador”. Registrou alta de 3% em volume nos 12 meses encerrados em março contra o igual período imediatamente anterior. Em valor, porém, o aumento foi de 15%.
No primeiro trimestre houve um acréscimo de 230 mil lares consumindo iogurte “grego” na comparação com igual período de 2023. O litro desse produto é 15% mais caro que o do tradicional de bandeja.
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