Denunciada por organizar diversas blitze país afora e impedir que eleitores do então candidato à Presidência Lula da Silva chegassem às seções de votação, a delegada Marília Ferreira Alencar, da Polícia Federal (PF), teve as conversas investigadas. De acordo com a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), a ex-subsecretária de Segurança Pública do Distrito Federal agiu em uma organização criminosa para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro no poder.
Antes de alçar à alta cúpula da SSP no DF, Marília era diretora de Inteligência do Ministério da Justiça durante a gestão de Anderson Torres e, em 2022, foi uma das responsáveis por articular a organização de blitze pelo país para evitar que eleitores do então candidato Lula da Silva (PT) conseguissem votar no segundo turno. As informações constam em denúncia da PGR apresentada nesta semana.
As investigações apuraram o histórico de conversas do celular de Marília e depoimentos de servidores do Ministério da Justiça, logo após o primeiro turno de 2022, a delegada solicitou um levantamento com os locais em que Lula teve uma votação expressiva.
As conversas constam em trechos na denúncia e apontaram para uma intensa coordenação de estratégias para interferência no segundo turno das eleições presidenciais, que ocorreram em 30 de outubro de 2022.
Ainda no dia do primeiro turno das eleições, em 2 de outubro, Marília Alencar envia uma mensagem para o delegado da PF e colega no Ministério da Justiça, à época, Fernando de Souza, dizendo que deviam pensar em uma ofensiva quanto às pesquisas. Fernando era, na época, diretor de operações do MJ.
0 Comentários