As recentes declarações do senador norte-americano Marco Rubio, em tom de ameaça ao Brasil, expõem um comportamento que lembra mais a lógica do crime organizado do que a postura de um estadista. Ao condicionar relações políticas e comerciais ao atendimento de interesses externos, Rubio age como um traficante que intimida, oprime e impõe o medo para garantir poder.
O Brasil não pode aceitar ser tratado como território submisso. Somos uma nação soberana, com voz própria nas relações internacionais, e não um quintal de Washington. Ameaças vindas de políticos estrangeiros, travestidas de “alertas diplomáticos”, nada mais são do que tentativas de intimidação, típicas de quem prefere a imposição ao diálogo.
Da mesma forma que cidadãos acuados por facções criminosas exigem proteção do Estado, o Brasil precisa reagir com firmeza a esse tipo de pressão. A diplomacia deve ser exercida com respeito mútuo, nunca com chantagem.
Cabe às autoridades brasileiras não apenas repudiar as declarações de Rubio, mas também reforçar que o país não abrirá mão de sua autonomia. O Brasil deve manter relações comerciais e políticas baseadas na cooperação, e não no medo.
A democracia e a soberania não podem ser reféns de discursos que tentam impor obediência pela via da ameaça. O povo brasileiro não aceita ser intimidado — nem por traficantes, nem por políticos estrangeiros
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